AirTag: Apple promete substituir rastreadores após críticas à privacidade

As medidas são usadas para alertar os usuários sobre a presença indesejada de rastreadores anônimos.

A Apple anunciou esta semana mudanças em seu rastreador vestível AirTags e na rede de localização Find My. A iniciativa vem depois que os usuários reclamaram repetidamente de falta de privacidade e perseguição com a ajuda do dispositivo. Essas mudanças devem acontecer em uma próxima atualização de software, que ainda não tem data. Uma das mudanças é uma nova notificação durante a fase de instalação lembrando aos usuários que as AirTags estão associadas ao seu perfil de ID Apple e que o rastreamento é crime. Os fabricantes também devem incluir um recurso que alertará especificamente os usuários que tiverem uma AirTag.

A Apple também deve adotar novas cores e tonalidades nas visualizações das AirTags para facilitar a identificação de rastreadores indesejados. Essas medidas seguem inúmeras denúncias de perseguição e só são possíveis com o auxílio de artefatos técnicos. O maior problema com esse tipo de rastreamento é que qualquer pessoa pode ser rastreada com muita precisão usando AirTags, de acordo com relatórios. Essa prática geralmente ocorre quando os gadgets são colocados na bolsa ou mochila de uma pessoa sem qualquer consentimento.

Assim como nos Estados Unidos, o stalking é crime no Brasil, punível com prisão de 6 meses a 2 anos. De acordo com o Código Penal, se essa prática for realizada em mulheres, pode levar até três anos. O Apple AirTag é lançado globalmente em abril de 2021 e chega ao Brasil em maio daquele ano. Os preços sugeridos começam em 369 reais. A sugestão de produto é encontrar rapidamente itens como mochilas, malas, chaveiros e bicicletas, como em um caso famoso em Boston, nos EUA. Não é recomendado para rastrear pessoas ou animais.

fonte : techtudo.com.br