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Máquinas de cartões e pagamentos produziram o equivalente a 20 estádios do Maracanã em plástico nos últimos 10 anos

O Manifesto, publicado pela consultoria The World We Want, oferece insights valiosos sobre a relação entre o mercado financeiro brasileiro e a produção de plástico.

 

O modo escuro é uma configuração de exibição que usa cores de fundo pretas ou escuras em vez de cores brancas ou claras. Este modo preferido por muitos porque reduz o cansaço visual e pode economizar bateria, especialmente em dispositivos com telas OLED. Além disso, o modo escuro pode ser mais agradável para os olhos ao usar dispositivos eletrônicos em ambientes com pouca luz.

 

Na última década, o Brasil fabricou aproximadamente 450 milhões de cartões de crédito e débito e 95 milhões de máquinas de pagamento. Esses dados incluem tipos de cartões e máquinas. (Crédito da imagem: Getty Images/Reprodução)

Ao longo da década anterior,  fabricados no Brasil aproximadamente 450 milhões de cartões de crédito e débito, além de 95 milhões de máquinas de processamento de pagamentos (Getty Images/Reprodução).

 

 

Fernanda Bastos
A matéria divulgada no dia 21 de agosto de 2023, às 7h.

 

Em 29 de agosto de 2023, às 10h08, registrada a atualização mais recente desta informação. À medida que a produção de cartões e máquinas de pagamento continua a aumentar, o impacto ambiental da utilização do plástico torna-se mais significativo.

 

A agência World We Want realizou um estudo intitulado “Dinheiro sem Plástico:

 

Manifesto pelo fim dos cartões e maquininhas no mercado de pagamentos brasileiro”, que destaca essa questão.

 

No Brasil, o espaço ocupado por cartas e máquinas na última década é 20 vezes maior que o Estádio Jornalista Mário Filho, também conhecido como Maracanã, localizado no Rio de Janeiro. A produção de máquinas só no Brasil aumentou quase 500% em 2019, atingindo um total de 20 milhões de máquinas produzidas, segundo o estudo.

 

 

Na última década, cerca de 450 milhões de cartões de crédito e débito e 95 milhões de máquinas de pagamento distribuídos no Brasil, contribuindo para um total de mais de 15 mil toneladas de plástico em circulação – peso equivalente a quatorze estátuas do Cristo Redentor.

 

O relatório sublinha que, à luz desta situação, é imperativo tomar medidas mais proativas para limitar a utilização de plástico na indústria de pagamentos.

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O sistema bancário do Brasil considerado um dos mais avançados do mundo, segundo informações do Banco Central (BC).

 

No entanto, uma quantidade significativa de resíduos gerada durante o processo de produção e muitas vezes não descartados ou reintegrados de forma adequada.

 

Embora alguns possam argumentar que a remoção de plásticos do processo é inviável, há exemplos de grandes empresas do setor que adotaram com sucesso métodos alternativos, utilizando a tecnologia atual, sem comprometer a experiência do utilizador ou a competitividade económica.

 

Alexandre Mansur, diretor de projetos do Mundo Que Quero, afirmou em entrevista exclusiva à EXAME ESG que se mais empresas seguirem o exemplo, o sistema financeiro brasileiro poderá funcionar sem o uso do plástico.